De que vale ter um pai? Vale muito e não vale
nada… dependendo do pai.
Pais helicópteros, sempre por ali… a ver como
vão as coisas, sem no entanto se comprometerem demasiado, nem interferirem. A
não ser que a situação justifique uma aterragem urgente e a situação seja de
emergência. E aí sim… o pai aparece e dá o ar de sua graça, mostrando a sua
presença e responsabilidade parental.
Pais tipo carro vassoura, que sempre vão atrás…
ver como correu o que outros já fizeram, bem ou mal, mas que sempre podem ser
uma ajuda, sobretudo quando os que vão na frente não chegam ou não conseguem
tudo sozinhos.
Ou queremos pais que são pais porque o são
sempre, porque lá estão a toda a hora, fazendo bem ou fazendo mal…, mas
fazendo, assumindo responsabilidade e verdadeiramente comprometidos com a
tarefa de ser pai. Esqueçam as funções do pai e da mãe. O papel de cada
um… o papel de cada um é o mesmo… estar
lá para os seus filhos e com os seus filhos, com tempo, disponibilidade,
interesse, prioridade, motivação e amor. Quando gostamos, queremos estar com
quem gostamos, queremos cuidar, acompanhar, queremos saber e queremos viver
junto.
Só quem vive com os seus filhos pode fazer
parte da sua vida e construir verdadeiros laços afetivos duradouros. Quem não
está é esquecido… Os filhos querem pais disponíveis todos os dias, não só às
vezes, não só ao fim de semana, ou de quinze em quinze dias, ou quando se tira
férias, não se pode tirar férias para ser pai.
Não é preciso estar sempre fisicamente. Nem aconselhável,
desejável ou imprescindível. Seria mesmo totalmente irrealista e arruinaria
qualquer projeto de independência e autonomia no crescimento da criança. Mas é
preciso VIVER com a criança, fazer parte da sua vida. Este viver não é só
alimentar e vestir…, é também o deitar e acordar, conversar e saber ouvir,
brincar. É também saber dar espaço, liberdade, mas também responsabilizar,
exigir, corrigir, elogiar e incentivar… .Mesmo que seja pelo telefone, pelo
tablet ou computador, pelo facebook, instragram, WatsApp, enviando Snaps ou
coisas parecidas… tantas formas de
comunicar com os vossos filhos.
Só estando lá, o pai pode ser pai, não vale
sobrevoar a vida da criança ou ir atrás, apanhando pequenas oportunidades de
“ajudar” ou corrigir, onde outros já estiveram. É preciso estar todos os dias,
lutar e não desistir, mesmo quando pareça difícil. Por vezes não é fácil,
quando situações que ultrapassam o querer bem à criança dificultam ou impedem o
seu direito de ter pai e mãe. Mas não desistam, não saiam da vida dos vossos
filhos. Se isso acontecer terão muita dificuldade para voltar a entrar. Porque
quem não está é esquecido… ou porque as circunstâncias podem levar a criança a
esquecer mais rápido…não arrisquem…Não desistam de ser Pais, os vossos filhos
agradecem. Quem quer bem aos vossos filhos também agradece e fica feliz por
eles.
FELIZES
DIAS DE PAI
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