Espaço de diálogo e partilha para familiares em risco, nomeadamente em situações de separação ou divórcio, com necessidades na regulação do exercício das responsabilidades parentais, com vista a promover a resolução em situações de crise familiar.

O foco da nossa intervenção são as crianças, com objectivo de garantir aos menores o direito ao convívio regular com ambos os pais e família alargada.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Projectos futuros



    Implementação de um PONTO de ENCONTRO FAMILIAR (PEF)

    O PEF propõe-se ser um espaço neutro, onde a criança encontra o seu pai, mãe ou familiar de referência quando, por razões várias, esta se encontra privada de o fazer em condições seguras e saudáveis, favorecendo o cumprimento do direito fundamental do menor de manter relações com ambos os progenitores, após a separação destes, prevenindo a ruptura ou promovendo o restabelecimento dos vínculos necessários para o seu normal desenvolvimento psíquico, afectivo e emocional.

terça-feira, 19 de março de 2013

Dias de Pai

     Nós mulheres e mães lutamos há muito para sermos iguais aos homens. Em tudo, no trabalho, na posição social, nos direitos. Há muito pedimos que eles, homens, sejam iguais a nós. Na família, nas tarefas domésticas, no cuidado aos filhos, num sem número de responsabilidades que, desde  sempre nos foram atribuídas. Pedimos que "ajudem" nas tarefas domésticas, que tratem dos filhos, dêem banhos, biberões, leiam histórias, façam t.p.c.s, enfim, tarefas que queremos que saiam da nossa única responsabilidade para as dividirmos com aqueles que são nossos maridos e pais dos nossos filhos. Reclamamos incessantemente até conseguirmos a colaboração que achamos justa. 

     Argumentamos que os nossos filhos precisam da presença do pai e da sua participação activa, para se tornarem adultos mentalmente saudáveis e adaptados. Como se não tivéssemos  muitos de nós, sido criados com pais que nunca nos leram histórias, nunca nos deram banhos nem biberões. Conseguimos, apesar disso, tornar-nos adultos saudáveis e perfeitamente integrados na sociedade. Os nossos filhos precisam de pais presentes, precisam eles e precisamos nós, que trabalhamos todo dia, corremos de um lado para outro, preparamos almoços, jantares, lanches, tratamos da roupa... Ao mesmo tempo, trazemos trabalho para casa, que terminamos, muitas vezes, depois dos nossos filhos estarem finalmente a dormir.  

    Um dia, tudo aquilo que reclamamos, muda...quando nos separamos dos pais dos nossos filhos. Muito frequentemente, estes pais já aprenderam a ser pais presentes, a colaborar, dividir tarefas, dar banhos e biberões... e agora?
    Sentimos-nos desamparadas quando os nossos filhos estão com o pai numa casa que não é a nossa, quando saem e não sabemos para onde, quando mostram vontade em telefonar ao pai ou quando preferem a sua companhia à nossa. Esquecemos, agora, que este pai, é aquele marido a quem exigimos que fosse um pai presente e colaborasse na educação dos nossos filhos. Muitas vezes, conseguimos até descobrir neles defeitos que nunca antes tínhamos vislumbrado. 
    Vemos os nossos filhos felizes, (como sempre desejamos), e sentimos-nos ansiosas, inseguras, como se não conhecemos a pessoa com quem estão. Esquecemos, agora, todo o trabalho que temos e que precisamos de alguém que colabore para conseguirmos fazer tudo o que nos exigem.
     Queremos verdadeiramente ser iguais aos homens e estamos preparadas para que os homens sejam pais como nós somos mães? Não me parece....

       Felizes Dias de Pai!

Lara Santos